quinta-feira, novembro 13, 2003

Deixo eu de estudar e fazer meus deveres de bom aluno, na esperança de chegar algum dia ao nível intelectual de nosso estimado colega John Forbes Fuck’n Nash, para simplesmente sentar este meu inexpressivo traseiro nesta nada ergométrica cadeira e escrever um texto desnecessariamente complexo do ponto de vista sintático gramatical na esperança de transformar este momento em uma sessão de terapia psicológica, iludindo-me, no sentido de que assim estou contando para alguém, pois de certo modo este “blog” é público, as minhas mais mórbidas desilusões, onde tento encontrar alguma explicação para a existência do meu ser, na esperança de que minha insignificante vida tenha alguma função . . .

Relutante ao destino que me cabe, fico eu , e sempre eu, com meu prepotente e sempre egocêntrico cérebro, a imaginar as mais inusitadas situações onde eu, e novamente eu, estou sempre conseguindo o que desejo, ao invés de levantar-me contra meus senhores e destruí-los de forma a nivelar nossas estimas a fim de conseguir uma libertação que me traga uma fração, mesmo que ínfima, de um auto-respeito até hoje não experimentado por este que vos fala.

De que conquistas posso me orgulhar se para o meu outro, e repetitivamente, eu, não foram elas assim tão conquistadas e se no ímpeto de encobrir minha incapacidade e minha inveja desconsidero qualquer conquista alheia assim convencionada pelas mentes inferiores por meu cérebro designadas.

Disse uma vez estar preparado para as travessuras do Destino. Mas por que não sinto agora a mesma força que me levou a tal afirmação?

Não sei. Mas por que deveria saber?

Meu ódio ainda é maior que meu amor.

Odeio e não nego. Acredito que por isso eu seja o “filha da puta ” perfeito.

Até mesmo o simples e reconfortante ato de chorar não me é permitido por minhas rígidas e sólidas convicções.

Termino por proferir uma maldição sobre o mundo :

- Que a bíblia esteja certa, e que venham os cavaleiros do apocalipse e a besta e o dragão e os exércitos do céu e do inferno fazendo recair sobre este planeta as mais cruéis vontades do Senhor que vos rege.

Pra quem tah com merda até o pescoço e já tah sem sapato, um peido na cara não faz diferença . . .