sexta-feira, outubro 15, 2004

Muito bom chegar pela manhã no surrado escritório e ler coisas como essa.
Sabemos bem quem foi esse "primeiro ex-farsante assumido", o que só faz aumentar nossa velha admiração. É recompensador nos encontrarmos em meio a pessoas valiosas, e que (visão um tanto estreita, mas verdadeira) pensam como nós.

Então lancemos a campanha: pelo fim das convenções sociais, das relações de fachada, das frases pomposas, ou educadas, ou polidas, mas sem verdadeiro significado.

A vida é muito curta para ser desperdiçada cultivando relações vazias. E, já diz o adágio, "Amigo que não presta, faca que não corta, que se perca, pouco importa".

Primeiro passo (ou hípótese de indução): entre nós mesmos, já que somos um grupo agora coeso e cristalino, que desde já cesse a palhaçada, e que as coisas que devem ser ditas o sejam sem meias palavras.

Segundo passo (ou passo de indução): estender o comportamento, verdadeiro para n, até n+1, e assim a todos.

Cada homem não é mais uma ilha, mas não necessariamente precisa ser um centro de megalópole ou um coração de mãe.

E, para não perder o costume, encerremos com Sidarta, que ao ser apedrejado pelo povo de um vilarejo, respondeu a seu discípulo favorito quando este sugeriu que fossem embora dali:

"O iluminado não é atingido pelas coisas externas".

Nem que sejam pedras.

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Does it matter?