quinta-feira, setembro 04, 2003

Olha q loucura...

Esse ultimo recado (para não dizer "post"... opa, já disse), tem uma grande essência de queiquinha mas por um motivo "obscuro" não acredito que tenha sido composto pelos belos dedos de lingüicinha da nossa querida...

-=| Saudade?... non ecziste!! |=-

Vocês sentem saudade?? Como funciona essa tal?? Fui assistir hoje ao filme do Paulinho da Viola e acabei debruçado mais uma vez sobre o parapeito dessa tal de existência. Ele diz que não consegue sentir saudades e explicou por meio de uma sequência lógica de verdades (a nossa conhecida "demonstração"), as quais infelizmente já estão soterradas em meio aos escombros, como tantas outras jazentes em minha cabeça, que na verdade não existe. Nosso passado nos pertence, e por conta disso não há sentido em querer de volta algo que já temos.

-=| Que horas são? |=-

"O meu tempo é hoje", subtítulo do filme, acaba por incitar a discussão de um paradigma interessante: o conceito de 'tempo pessoal'. Cada indivíduo vive imerso em um próprio sistema temporal, espécie de ritmo indivual que rege suas ações, pensamentos e emoções. Algo como a frequência de pulsos que o processador dos computadores trabalha, que nem sempre (e na maioria das vezes não é) a mesma considerando duas máquinas quaisquer.

-=| Transformistas |=-

Seria impossível viver em harmonia social se não houvesse uma uniformização do tempo. Por causa da convivência em comunidade, é necessário que nosso ritmo individual seja transformado ou convertido para um sistema comum, a fim da sociedade poder assistir seus membros caminharem em uníssono. É preciso então que todos os indivíduos sejam capazes de fazer tal transformação. E o que acontece é que a maioria consegue chegar bem perto, embora não vejo possível uma conversão perfeita, mas no máximo acetável. A siciedade, como um grande trator, acaba por esmagar aqueles que incompetem tal transformação, marginalizando-os de alguma forma (afinal, a máxima pena que a sociedade consegue aplicar é a promoção da exclusão de um membro).

-=| Aqui é o meu lugar |=-

O nível de marginalização aplicado ao elemento em questão é proporcional à sua incompetência. A exclusão social não deve ser entendida como dor ou ultraje. Muitas vezes é benéfica e proporciona ao "incompetente" muito mais autoconhecimento e sabedoria, e é sempre importante ressaltar que sociedades unificadoras de tempo existem aos milhares. A cada dia, em média uma é criada. Dissertações sobre a evolução das sociedades foge do escopo deste texto, porém uma relação deve ser citada: quanto maior o número de comunidades unificadoras, mais confortável a população se sentirá, contudo mais longe da harmonia ela caminhará.

-=| É por essas e outras |=-

Impossibilitado de prosseguir como o assunto, cesso por hora este envio. Lembro que há ainda inúmeros tópicos que não puderam ser abordados, a aplicação no cotidiano foi escassamente explorada, e não houve espaço para opiniões pessoais do autor.

Procurando alguma coisa pra escrever depois do primeiro parágrafo (sendo desnecessária a discussão sobre o sucesso da procura),

Vâmbulo