segunda-feira, setembro 08, 2003

Óquêi... eu não deveria estar escrevendo este textículo agora porque na verdade era pra eu estar fazendo uma lista de exercícios de inferência estatística. Mas é clááro que uma passagem não vai estar podendo passar assim, completamente anônima: "não deveria". É impressionante o nível de consciência que temos, ao ponto de chegar a ser teoricamente impossível acontecer algo não previamente premeditado por nós.

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Acredito que grandes pensadores, sobretudo aqueles que mais duvidavam,
mudaram a sua abordagem (fiquei tentado em escrever "approach", porém
devido a políticas internas acabei tomando a decisão já vista), passando
de um discurso dissertativo para um mais pragmático, diminuindo a pretensão
didática e incluindo suas idéias no mundo por meio de romances e contos.
O romancista, então, nada mais é do que um aplicador da teoria (as quais
muitas vezes ele próprio elabora); um exemplificador.
===========| d e s P A U S A |===============================

Este poder da consciência me espanta (e por conseguinte me fascina), e me inspira a escrever um trecho do que muito bem poderia ser um conto que se encaixa na categoria acima, servindo como apresentação de uma idéia.

"Era um cara tão consciente, mas tão sóbrio e tão ligado que até seus descuidos, suas mancadas e irresponsabilidades eram propositais."

Que beleza... tudo isso até agora só aproveitando o gancho que a terceira e quarta palavra possibilitou. Ou seja, o que eu queria mesmo, não escrevi...

Agora vou porque mesmo me rebelando dos conceitos do certo e do errado, do que deveria e não deveria, preciso sobreviver e me encontrar com as outras prostitutas desta zona, que muitos chamam de mundo.

terminando com uma frase chocante porque o final do filme deve ser sempre mais impressionante que seu começo,
Ten. Cel. Vâmbulo